Os maiores desafios começam sempre com a maternidade. Mais do que aprender todas as alterações que este período traz na vida dos pais, é fundamental aprender a como gerir todas as dúvidas que surgem pelo caminho.
A alimentação infantil pode ser um verdadeiro quebra-cabeças. Não só devido à falta de informação como também devido à enorme quantidade de informações contraditórias que se podem encontrar na internet.
Muitas vezes, em conversas com amigos, familiares ou colegas, a partilha de experiências sobre o que é bom ou não e sobre o quer resulta ou não, pode representar alguns perigos. Porque lembre-se, cada criança é uma criança e por isso a forma como reagem aos alimentos e a todos os fatores externos pode ser diferente.
A pensar nisso desenvolvemos este artigo, onde vamos passar consigo pelos mitos mais comuns da alimentação. Está preparado?
Mito 1 – Todas as crianças na fase de desenvolvimento devem tomar suplementos.
Provavelmente está a pensar que este primeiro não faz muito sentido, mas a verdade é que ainda é muito tido em consideração. Muitas vezes as crianças não comem tanto quanto os pais gostariam e o primeiro pensamento é: Dar suplementos.
Na verdade, é mais importante ter em atenção que a criança tem uma alimentação equilibrada e completa, do que olhar para as quantidades. Se aliada a uma alimentação equilibrada e completa tivermos alimentos com muitos nutrientes, então os suplementos devem ser excluídos.
Ainda assim, relembramos que este é um passo que deve ter sempre o aconselhamento de um profissional de saúde.
Mito 2 – As crianças não devem brincar com a comida.
Mito, claro! Especialmente se falarmos da fase da introdução alimentar. Deixar com que a sua criança brinque com a comida vai fazer com que ela se familiarize com a mesa. Isto vai ajudar em toda a relação da criança com a comida.
O ideal até, será que na fase de introdução de novos alimentos, deixar que seja a criança a descobri-los, sentir a textura, apertar, cheirar e até mesmo meter na boca.
Mito 3 – A criança deve ser forçada a comer.
Muitas vezes a preocupação com o bem-estar faz com que muitos pais cometam este erro. No entanto não é uma boa opção forçar constantemente a criança a comer tudo o que é colocado no prato.
Quando maior é a pressão feita à criança, pior será a relação dela com a comida e com a hora da refeição. O ideal será ter a maior paciência possível. Criar ambientes divertidos também pode ser uma ótima opção. Por exemplo, pratos coloridos com alimentos de diversas cores e formas. Contar histórias na hora da refeição. O importante mesmo é criar memórias e associações felizes. Isso vai fazer com que a criança se divirta muito mais na hora da refeição, e por fim, coma melhor.
Mito 4 – Sumos de fruta são mais saudáveis do que uma peça de fruta.
Muitos pais acabam por dar fruta às crianças em forma de sumos, porque acham que é igual em termos nutricionais e porque acham que é mais simples para a criança comer. A porém, não é bem assim. Os sumos de fruta tendem a ter um valor energético muito superior, na medida em que são constituídos por várias peças de fruta, e praticamente não contêm fibra, uma vez que esta se perde no processo de elaboração do sumo.
Mito 5 – Devemos desistir de dar determinado alimento se a criança o recusar várias vezes.
Este é um grande mito. Na fase da descoberta alimentar a rejeição dos alimentos é bastante comum. Uma vez que a criança está a ser introduzida a novos sabores, texturas e cheiros. Por esse motivo é perfeitamente normal que a rejeição aconteça.
Nesta fase os pais não devem desistir de tentar dar os alimentos – a imposição do alimento não deve acontecer nem no mesmo dia, nem no dia seguinte. O ideal será que tentar alguns dias mais tarde e ir repetindo o processo sempre que possível. Alguns estudos demonstram que, muitas vezes é necessário tentar cerca de 8 vezes para perceber se a criança gosta ou não do alimento.
Estes são apenas alguns dos muitos mitos que podiam ser referidos. Desta forma tenha em mente que o melhor sempre, antes de tomar uma opinião como verdade absoluta, é tentar perceber o que funciona (ou não) com o seu bebé. Não se esqueça ainda de consultar sempre um profissional de saúde .