Se está a pensar ser mãe/pai temos a certeza que já ouviu falar sobre a fase da diversificação alimentar. Esta fase pode ser muito aliciante – porque está a descobrir novas sensações com o bebé. Mas pode também ser bastante desafiante. Normalmente existem muitas teorias, opiniões e até mitos. Mas na verdade, o que será mesmo adequado para a criança? Neste artigo vai descobrir um pouco mais sobre este universo. Uma coisa podemos garantir: todas as crianças são diferentes, e como tal, as suas necessidades também.

Para começar é importante saber que existem diversos princípios a ter em consideração:

  • Nos primeiros seis meses de vida, deve privilegiar, sempre que possível o leite materno. Não se esqueça claro, que existem sempre outras alternativas no mercado a amamentação, ou não, deverá ser sempre uma escolha da mãe juntamente com o profissional de saúde;
  • No momento da introdução alimentar a diversos alimentos, não tenha medo! Deve dar a conhecer ao bebé, sabores, cores e texturas até ao fim do primeiro ano de vida;
  • A introdução do glúten deve ser feita entre os 4 meses e os 12 meses de idade. Ainda assim, este passo deve ser feito com o acompanhamento e aconselhamento de um profissional de saúde;
  • Respeite os sinais de fome do bebé. Na fase inicial de introdução alimentar, as necessidades do bebé, devem ser respeitadas. Por exemplo: se o bebé abanar a cabeça ou afastar a colher pode significar saciedade;
  • A introdução de alimentos mais sólidos, pode ser feita a partir do momento em que for aconselhado por um profissional de saúde. Ainda assim, saiba que este momento normalmente é por volta dos 8 e 10 meses;
  • Entenda os alimentos que o bebé gosta. É normal que nas primeiras vezes o bebé venha a pedir todos os alimentos e os aceite, mas é importante entender se ele gosta ou não.
  • Experimento oferecer um alimento novo todos os dias;
  • Sumos de fruta muitas vezes parece uma boa opção para os pais. Ainda assim, estes não são recomendados antes do primeiro ano de idade.

Agora que já conhece alguns dos princípios, desta fase de diversificação alimentar porque não conhecê-la um pouco melhor? Venha connosco!

Entre os 4 e os 6 meses

Como referido anteriormente, o leite materno ou o conhecido “Leite de fórmula” deve ser, sempre, a prioridade e é a alimentação válida. Graças a este, estão garantidos todos os nutrientes ao bebé, até aos 6 meses de vida.

Depois dos 6 meses, este alimento deixa de ser suficiente para responder a todas as necessidades do bebé. Passa assim, a ser fundamental oferecer ao bebé alimentos que lhe proporcionem fontes de:

  • Ferro;
  • Proteína;
  • Zinco;
  • Energia;
  • Outras vitaminas lipossolúveis;

Ainda assim, lembre-se que é fundamental recomendar-se com o profissional de saúde. Ele, será sempre a pessoa mais indicada para o/a aconselhar no processo de início da diversificação alimentar.

Um aspeto a ter ainda em atenção são as necessidades fisiológicas e neuro desenvolvimento de cada criança. Por exemplo, é importante entender se a criança tem um bom controlo da cabeça e do pescoço.

Vou começar a diversificação alimentar: como posso fazer?

Na fase inicial, lembre-se que o bebé ainda estará a tentar descobrir como comer os novos alimentos. Ele não terá dentes nem nenhuma técnica de mastigação e por esse motivo, os alimentos devem ser oferecidos em forma de puré. A sua consistência pode ir sendo aumentada progressivamente – tendo em conta o desenvolvimento da criança.

Nesta fase inicial, como estamos a falar de alimentos em puré, devem ser dados com uma colher. O biberão passa a ficar apenas para dar ao bebé leite e água.

Existe uma ordem para introduzir os alimentos?

Não existe uma resposta certa para esta pergunta! O melhor mesmo será sempre aconselhar-se com um profissional e saúde.

De acordo com um artigo disponibilizado pelo Hospital Da Luz, existem algumas noções a ter em atenção, que podem ajudá-lo/a nesta faz.

  • As primeiras sopas podem ser de legumes como: Batata, cenoura, abóbora e um fio de azeite no final. Exclua qualquer uso de sal.
  • Os legumes verdes podem ir sendo adicionados progressivamente;
  • A introdução de carnes nas sopa pode ser feita também, umas semanas mais tarde e de forma triturada;
  • A fruta pode começar a ser um complemento fora das refeições principais;
  • Experimente diferentes formas de dar a fruta: ralada, cozida ou assada no caso da manhã. Ou até esmagada em caso de frutas como a banana. O melhor mesmo perceber o que melhor se adequa com o seu bebe;

As papas

Elas são muitas vezes a maior mais-valia dos pais, porque são nutritivas e fáceis de preparar.

Nos primeiros meses tenha em consideração que as papas devem ser simples e sem grandes misturas de alimentos (apenas cereal). Lembre-se ainda que as papas devem ser sem glúten no início e apenas deve começar esta introdução quando aconselhado/a pelo médico de acompanha o bebé.

Lembre-se ainda que será livre de escolher entre as papas lácteas e as papas não lácteas e que a sua preparação é diferente. O ideal aqui será ver o que funciona melhor com o seu bebé. Estas são algumas das noções a ter em atenção. Ainda assim, não se esqueça de pedir sempre a opinião do profissional de saúde que o estive a acompanhar nesta fase. É muito importante que todas as decisões sejam tomadas de forma consciente e informada. Tendo em conta todas as necessidades do bebé!